quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Imagine ter o mesmo computador a vida inteira

Você não ia querer trocar sempre que pudesse por um mais atualizado?
Imagine se você não pudesse jamais formatar seu computador.
Você se lamentaria cada vez que lembrasse que instalou softwares indesejados que agora só fazem pesar.
Imagine que por mais que você deletasse os softwares, corrigisse os erros do sistema e desfragmentasse o disco o computador nunca se comportaria igual ao momento em que o ligara pela primeira vez.
Você tomaria todo o cuidado examinaria e re-examinaria cada nova opção, cada janela de pop-up e cada termo de consentimento seria cuidadosamente lido evitando assim cliques inconsequentes que levem a fins desastrosos.
Mas se num momento você estivesse com sono ou estivesse sem paciência ou mesmo que não tivesse tempo para passar o antivírus no pen-drive ao copiar um arquivo por ter que devolvê-lo logo.
Seria complicado.
Você gastaria dinheiro com softwares remediadores caso não encontrasse as chaves de acesso na internet?
E se um dia o computador sucumbisse, não quisesse mais trabalhar pra você por estar com o HD lotado ou por estar completamente infectado ou mesmo por você ter tentado abrir várias janelas de uma vez.
E se mesmo tendo feito todo o possível, tendo excluído todos os arquivos passado todos os antivírus indicados, os problemas persistissem.
Você seguiria com este computador?
Os avanços tecnológicos, novos computadores no mercado e softwares desejados, porém incompatíveis com sua máquina, fariam você ter inveja de outras pessoas?
E se um dia ele resolvesse não ligar, mas que mesmo lento e com um pouco de insistência ele voltasse a funcionar no outro dia?
Chegaria um ponto em que a convivência com esta máquina bestial ultrapassada se tornaria surpreendentemente insuportável.
Haveria então algum motivo para continuar com ela?

Computadores não tem sentimentos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

"Nós, como bons acadêmicos contemporâneos,
lemos uma obra como Imperialismo e Cultura, entendemos perfeitamente
a relevância do tema ali tratado e em seguida silenciamos diante do
imperialismo a que estamos atualmente submetidos."

José Jorge de Carvalho

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sociologia, haha

"A sociologia surgiu como "ciência" em consequência da Revolução
Francesa. Seu objeto de análise são as transformações ocorridas no final do
século 18, sua explicação e a prevenção de tais transformações no futuro. A
sociologia é uma disciplina conservadora, "reacionária", no sentido original da
palavra. Ela surge em reação aos eventos revolucionários. Isso explica porque a
sociologia postula ser, desde o seu batizado (promovido por Comte), uma
"ciência positiva". Ela faz a apologia do existente, se compreende como uma
ciência sistemática que pode dispensar a história e afirma o fim dos processos
evolutivos, seja negando sua existência, seja postulando o atingimento de seu
fim último: a perfeição da sociedade existente. A sociologia é uma teoria
afirmativa da modernidade. Quando a sociologia pretende ser crítica, formula
uma teoria crítica da modernidade."
FREITAG, Bárbara. Habermas e a Teoria da Modernidade (Não sei o ano)

Não fosse a última frase eu entraria em desespero. Estou lendo este artigo para a produção de um ensaio de fim de semestre. Só este pedaço de parágrafo já renderia um ensaio onde eu usaria estes fundamentos da sociologia para criticá-la e criticar meus colegas positivistas a la Comte (talvez não positivistas no amplo sentido que esta doutrina quer dizer e que eu não vou explicar aqui, mas no sentido de tão amarrados a valores medalhões da ciência que eles são, ficam querendo elevar a sociologia ao ó do borogodó, bê da bassoura, esse tipo de coisa).

A realidade social está aí para ser criticada, todo mundo quer sossego, é verdade, mas seria bom que ninguém se apoiasse no sofrimento alheio!

sábado, 14 de novembro de 2009

Carpe Diem

"Oxalá desenvolvamos, enquanto indivíduos e enquanto espécie, a sabedoria de
encarar espaço e tempo tal qual um degustador de vinhos finos, que sabe apreciar o
sabor de um bom vinho já ao sorver o primeiro gole, sem que para isso precise se
embriagar com um garrafão inteiro do produto."
GILVAN LUIZ HANSEN

sábado, 31 de outubro de 2009

Relendo todo o blog eu vi como a frequencia das postagens foi inconstante!
Queria blogar mais, não só escrever aqui, mas comparar idéias, ir nos blogs amigos mais vezes, isso é muito bom. Coisa que me deixa feliz.
Estou com um novo projeto: A história nos absolverá, em que eu me dediquei um pouco mais nestes últimos tempinhos.
Mas está bom, estou muito feliz com os discussões que proporcionei, proporciono e porporcionarei por aqui.
Vi que falei antes sobre férias e espero que elas cheguem logo, sete ano está muito pesado, estou cada vez mais adulto, chato.
Queria viajar.

http://www.youtube.com.br/watch?v=4i_5hw1Lqrs

sábado, 19 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como escrever? (Iso não foi uma pergunta)

Aqui me sinto bem, porque posso escrever sobre o que eu quero (e da maenira que quero).
Não preciso escrever sobre a garota de rua e seu cachorro que encontrou uma família. Não preciso escrever sobre moda (moda já defini tudo o que eu não preciso escrever) ou sobre o preconceito sofrido pelos homossexuais. Não preciso escrever sobre a conjuntura política ou sobre qualquer assunto que está instigando a população.
A gente passa por estas coisas, fazer redação. Como foi bom quando a professora disse que o tema era livre! Fiquei tão eufórico, poderia escrever sobre qualquer coisa, mil temas! Mas daí retomo àquela minha idéia de que a primeira idéia prevalece. Era um trabalho de dupla, acho que escolhemos (eu e o finado Walistony que morreu) o terror como tema, alguma hisória de monstro, ou não, talvez foi a história sobre Los Bandos del Bandidos Bandoleros, não me lembro bem, mas com certeza tenho esta redação guardada em uma das gavetas da minha escrivaninha lá em Itaberaí, junto com alguns poemas, músicas e outras coisas, não sei se compensa reler e postar aqui depois. Tinha uma cartilha de redação, eu gostava muito, de lá sairam muitas histórias frutíferas de minha mente, na segunda metade do ensino fundamental, onde afloravam pensamentos já na correia dos de hoje, como finais despadronizados e sem romance algum, nomes intencionalmente toscos (escrotos, ou panacas, como preferir) e desenhos engraçados e/ou bizarros com alguma qualidade técnica.
Relendo um pouco aí em cima me lembrei da história de faroeste já mencionada (em itálico) que fazia alguma analogia com Faroeste Caboclo, não cabe contar a história aqui, cabe apenas relê-la na íntegra, mas talvez eu esteja sendo otimista demais em acreditar que aquilo valha alguma coisa, um otimismo de se orgulhar dos tempos de infância quando li Moleque (Menino) de Engenho do Rego, Zé Lins e Minhas férias pula uma linha parágrafo não sei de quem. São dois livros em que vez ou outra me lembro de algumas passagens. E agora pensando nisso vejo como gosto de escrever e como gosto de língua portuguesa e literatura. Só (e é claro) gramática que não. Não vejo por quê o e o jota desempenharem a mesma função em certos casos, assim como não entendo a existência da combinação bizarra cê-agá, e a questão dos 2ésses se já temos o e o . E o agá, que letra bizonha, nem pra escrever seu nome eu a uso. (Não queria nem mencionar o cê-cedilha, que parece que só existe no Brasil). A gente podia escrever tudo asim, do jeito qe se le. Eu salvo alguns cazos em qe é realmente nesesário como o éle-agá e os 2érres. Mas me ocorreu agora e axo qe seria muito bom se escrevêsemos daqela fórma da transcrisão fonética, porqe aí qando a gente lese já iria dar pra saber como realmente se fala aqela palavra, iria simplificar nosas vidas. Além de ficar mais fásil de escrever não presizaríamos perguntar jamais a pronúncia de palavra alguma!

domingo, 30 de agosto de 2009

Armadura

Eu também não sou muito de ficar perto das pessoas, abraçar, dar liberdades. E o porquê disso é óbvio, as pessoas, folgam, as pessoas deitam e no final não querem saber. O que lamento só e não conseguir cumprimentar o povo, sim, eu tenho vergonha.
Isto é uma barreira, uma armadura, uma proteção. A armadura que faz com que eu pareça algo inatingível para alguns, algo admirável para outros e algo idiota para mais uns outros. É uma armadura que dificiilmente se mostra vulnerável e quando sim e depois de muita insistência ou por forçada influência ou talvez por surpresa. Eu adoro estas surpresas, mas pouco me surpreende. São tantas divergências que até me impedem de enchergar as semelhanças. As semelhanças que alguém pode ter para constituir algum debate e poder assim ultrapassar a linha do meu escudo.
Esta metáfora da armadura faz parecer que só há algo de mal tentando se aproximar, não é isso e é isso, nem sei. Quem pode gostar do que não conhece? E se não pode, como vai fazer se não tem oportunidade de conhecer? Difícil né? É! Mas tudo bem, eu já fui mas tímido. E a verdade é que eu não suporto um monte de coisas e às vezes parece que suporto menos ainda, isso acaba intimidando, mas é fato que algumas vezes eu não suporto nada mesmo como transpareço.
Isso tudo faz parte da minha valorização, o valor que emprego a mim mesmo, aquilo que quero salvaguardar.
Você tem muitos caminhos e só pode escolher um às vezes você até sabe onde vai dar e por isso escolhe. Às vezes você já tentou de tudo e escolhe o caminho em que sofrerá menos.
Espero ainda conhecer bastantes motivos para violar minha armadura.

domingo, 23 de agosto de 2009

Fala

Quem me conhece sabe que não sou muito de falar.
Algumas pessoas sentem-se bastante incomodadas com o silêncio.
E tem gente que ouve música o tempo todo por causa disso.
Musica é bom, mas o fato é que essa coisa de não saber lidar com o siêncio é o problema, porque quando estamos em silêncio olhamos pra dentro de nós mesmos e tem gente que não consegue fazer isso.
Antes de crismar minha turma foi para uma chácara com o intuito de ficar em silêncio, eu achei bastante interessante e procurei me isolar, ficar somente com a natureza e meus pensamentos. Mas de fato alguns (ou muitos) não conseguiram ficar calados, faziam mímica ou conversavam às escondidas.
Tem gente que por não conseguir ficar com o silêncio vem com aquelas piadinhas clássicas ou aquelas frases mais clássicas ainda pra iniciação de conversa do tipo "E aí, como é que vai a faculdade (ou o namoro, ou a vida em Goiânia)" queria nem tocar naqueles amigos de família antigos que vem com o papinho do tipo "Como você cresceu!" E tem uma que eu sempre uso: "E aí, como é que vai a família?".
Eu não prefiro o silêncio à conversa, mas prefiro que ninguém precise forçar a barra. Claro que muitas vezes também eu fico esforçando minha massa cinzenta pra produzir algum assunto realmente interessante. E frito muito, porque geralmente acho muito de irrelevante e acabo não conseguindo conversar, mas isso tudo é porque eu aprendi que as pessoas não querem te ouvir elas só querem falar ou simplesmente não estão interessadas. Por isso eu não falo quase nada, fico escolhendo as palavras demasiadamente e não gosto de dar dicas, indicar um caminho mais curto, coisas que talvez poderiam melhorar a vida daquela pessoa, aprendi a dizer quando solicitado, porque também as pessoas não gostam de ter alguém dizendo: "Você poderia tentar fazer desta maneira" mesmo que aquela maneira seja infinitamente melhor às vezes a pessoa se sente ofendida: "Quem é você pra me dizer como fazer?", mas há pessoas mais humildes que estão sempre dispostas a ouvir as coisas mais elementares. E com estas pessoas eu consigo falar um monte de coisas até parecer que eu sei muito, mas do muito que li, é pouco que sei.
E tem esse negócio de eu escrever esse monte de coisas, a consequência é que pouca gente tem coragem de ler, eu mesmo não teria muita, nestes tempos de pressa. E é por causa destes tempos que há muito não postava aqui, mas vou finalizando...
Agora, ouvindo a música que eu me dispus a postar, lembrei de um assunto: ando sempre com sono, vou ver se comendo uma fruta por dia de manhã eu ganho mais energia.
É difícil encontrar música na internet, então vai um vídeo.
Gostaria também de relembrar para vocês corrigirem os meus erros de português.

domingo, 12 de abril de 2009

medições, previsões, aspirações, resultados

Eu sei que quando chego aqui eu me descambo a escrever um monte de coisas por menores que sejam os assuntos. Me irrita o fato de eu anotar coisas pra postar, mas não conseguir retomar as idéias do momento em que anotei. Me irrita querer dizer uma coisa, pensar demais e não dizer por achar que não vale. Talvez seja o medo de ser considerado inconsequente. E é claro que é por isso que bebo. Nada flui melhor como a filosofia de botequim! Como nós mesmos dizíamos sentados à mesa depois de algumas cervejas em um sábado de aleluia.
(Pausa pra olhar no celular)
Algum tempo atrás eu me propus a fazer uma relação com atitudes/decisões. Acho que talvez tem alguma coisa a ver com o que escrevi acima. É diferente você fazer uma coisa que precisa ser feita naquele momento e você pensar no que vai fazer quando um outro momento distante chegar. Talvez perca muito tempo pensando no que fazer. E talvez devesse ficar mais tempo embriagado (vinho, virtude ou poesia). Talvez as decisões inibam as atitudes. E decidir as coisas que é, de fato, uma coisa chata, acaba tomando conta das atitudes diminuindo a emoção.
Não deve haver grande diferença entre pular no rio e molhar primeiro os pés pra provar a água.
Que coisa heim, ficar tentando o tempo todo evitar o arrependimento futuro. Fazer ou não fazer, eis a questão. Mas não se pode deixar de pensar na segurança. Se enfiar num rio sem saber quantas pedras há no fundo pra poder te quebrar. Sem saber para que lado a conrrenteza irá te levar.
Estas coisas são intrigantes, eu costumo mesmo falar aqui sobre o que me intriga. E há relação entre isso tudo. O método com que se faz as coisas tira grande parte da emoção de fazer. E por outro lado ajuda na precisão dos objetivos alcançados. Ah, são muitas escolhas a fazer, muitos sacrifícios, não se pode ter tudo, não mesmo. Muitas dicotomias, muitas bifurcações a todo instante. Sim ou não, sim ou Não.
Mas a filosofia de bar é importante para a liberdade, uma redução, de certa forma, das bifurcações. Geralmente opta-se pelo 'sim', pelo dizer das coisas, pela assimilação sem preconceitos arraigados. A discussão começa a fluir por um horizonte sem barreiras, sem mediações, com poucas restrições. Mas tem efeitos colaterais, consequências da opção, pois como eu disse não se pode ter tudo.
Grande e complexo é este jogo de medições, previsões, aspirações, resultados. É bom quando se pode contar com a sorte. Sorte de ser feliz numa decisão, sorte de o universo conspirar a favor, pois existe outro problema: estamos presos, não podemos resolver sozinhos, nossas vontades estão submissas às vontades de outros que deliberam certas situações para nós. E não é possível ter sempre a fé de que tudo vai dar certo, porque de fato, algumas ou várias vezes dá errado.
Às vezes me pergunto o que estou esperando, mas na verdade sempre tenho objetivos, muitos. Uns prioritários outros obrigatórios.
Não uso a retórica aqui, porque gosto das subjetividades, gosto de receber interpretações diversas sobre minhas idéias. Afinal aqui não é minha monografia para eu explicar exatamente o que eu estou pensando, aonde quero chegar com isso e dizer qual a diferença subjetiva para mim entre prioridades e obrigações.
É, sim, isso é complexo. Talvez eu veja grande diferença entre o que quero e o que preciso, na verdade o que eu quero é o que eu preciso, mas a diferença é entre o que eu quero pra ser feliz e o que eu preciso fazer pra seguir neste caminho chato que o mundo moderno não me deixa viver fora.
Além de minhas próprias influências, meus próprios complementos de postagens anteriores tenho este seguimento de idéias que me são complementares nesta reflexão:
http://idiossincrasiasgerais.blogspot.com/2009/04/eu-sei-mas-nao-devia.html
E como não tinha no mp3tube a música que eu queria postar aqui vai a letra:
http://letras.terra.com.br/barao-vermelho/120772/
O site da terra pra mim é o melhor, tanto pra letras quanto pra cifras :)

domingo, 15 de março de 2009

Infinita Highway

Férias! Foi tão bom ficar à toa. Talvez cheguei próximo do comunismo, haha, tirando o fato de que minha mãe me sustenta. Mas eu podia ser um executivo no início das tardes, um trabalhador braçal nos fins de tarde, um boêmo nas noites e um leitor assíduo nas madrugadas. Mas claro que isso foi só pra fazer referência aos manuscritos econômicos e filosóficos de Karl Marx, porque na maior parte do tempo eu fui boêmio mesmo. Mas é bom sabe, não se preocupar com nada (e isso até que gerou problemas). Mas foi um momento de descanso mesmo, amadurecimento do intelecto (kkkkkkk), pude ler coisas só pra me divertir, retomei o gosto pelo xadrez, evoluí em alguns pontos nas obras do campinho, estive jogando o tempo fora com pessoas a quem não dou estas oportunidades neste mundo normal besta corrido de aulas. Mas também tive que enfrentar burocracias que só de pensar dá vontade de deixar pras férias (como de fato ocorreu). Burocracia é muito chato, carimbo pra tudo, tantas formalidades. Eu considero necessário, mas só é chato proque não atingiu tudo, ou seja, tem muita coisa desorganizada e porque demora muito, você perde muito tempo, por isso tem gente que trabalha só pra resolver os pepinos pros outros [e eu pensei que queria ter alguém pra trabalhar nisso pra mim um dia e pensei também que eu tenho a capacidade de trabalhar nisso pra alguém hoje]. E por isso eu tinha que me preparar emocionalmente antes de ir enfrentar um cartório, etc. e fazia uma coisa de cada vez, um dia de cada vez em determinada parte do dia e com isso voltamos ao comunismo de Marx. As pessoas podiam ter a chance de ser várias coisas, né? Tipo, serem cientistas políticos, namorados dedicados, jogadores de futebol, músicos, conselheiros, promotores de eventos, leitores assíduos, trabalhadores braçais, filósofos e críticos de arte, tudo isso ao mesmo tempo. É, essas coisas que eu disse não sou eu, foram exagerações, aspirações, mas será que mesmo como aspirante eu estou cumprindo esta doutrina do comunismo de ter várias ocupações? Não! Não, porque eu faço estas coisas com um tempo muito reduzido, de forma que não dá pra descançar, pra fazer tudo isso com qualidade, aprofundar. Não me tornei cientista político, sociólogo ou filósofo nem músico, jogador de futebol e crítico de arte, agora que estou estudando não posso mais ser leitor assíduo de livros que só servem para diversão e não sei se sou o namorado dedicado. Não poderei ser todas estas coisas, tenho que priorizar poucas e apertar no meu tempo de modo que eu não acabe desmaiando em cima dos deveres e o tempo vai passando e vou fazendo parte de uma coisa, parte de outra, será que estou fazendo bem? Esta resposta terei daqui há algum tempo e será que vai ser positiva? Este é o drama do mundo moderno. A gente devia ser mais livre pra viver de boa e ser boêmio o quanto quisesse até que desse vontade de se especializar, até que desse vontade de sair de casa e ir resolver um problema que você sabe que tem que resolver, mas pelo menos tem um prazo confortável que te dá o direito de pensar e se preparar.
Pff, pff, Onde é que isso tudo vai parar?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O que dizer sobre as marcas?

Qual marca de sapato é melhor?
Resolvi pesquisar na internet pra ver se eu achava modelos mais bonitos da Calvest (que eu tinha olhado em Goiânia) ou da HB (que eu olhei aqui em Itaberaí). Não observei modelos, afinal não entendo nada de sapato, mas Calvest tinha mais opções de busca, portanto constatei que era uma marca de mais pedigri. Mas no fim das contas, pela comodidade e por medo de não reencontrar o modelo observado lá em Goiânia decidi ficar com o daqui, acho que não vou me arrepender, eu não tinha achado nenhum dos dois perfeitos, mas acho que eu não acharia perfeito sapato nenhum no mundo!
Quando, influênciado pela letra do Nando Reis e pelo próprio uso do Humberto Gessinger, eu resolvi que ia querer um all star, logo em seguida comecei a enxergar que várias pessoas estavam voltando com este peculiar tipo de tênis. E não foi por não gostar ou achar feio que eu decidi não mais querer.
Uma vez fui olhar um tênis pra comprar e se há algo que eu não consigo me agradar bem é com os modelinhos de tênis que a gente encontra por aqui: uns coloridos, uns cheios de molas e telinhas outros em cores toscas e alguns enormes. Insatisfeito eu não poderia ficar sem, achei um até legalzinho, não muito bom, mas melhor que todos e resolvi levar. "Este é igual ao modelo da adidas" - Foi o que a vendedora disse ao empacotar o bicho. Nessa hora foi quando eu quase desisti de levar, uma coisa que não suporto é falta de criatividade! Mas pela necessidade e falta de opção não pude negar naquele momento.

Alguém poderia me explicar: por que sempre quando em uma mercadoria está escrito a palavrinha "original" essa mercadoria é piratona? É uma coisa que me intriga, porque obviamente quem é original não precisa escrever isso na testa, né!

Um dia um cara veio num papinho que estava se sentindo bem, pq tava trabalhando e ganhando o próprio dinheiro, trabalho humilde, mas digno que agora podia comprar suas roupas como queria e que por isso só comprava roupas no estilo 775, Cavalera e etc. Bom pra ele né. Tem gente que ocupa tanto a cabeça com nomes de marcas, modelos de carro e artistas populares da tv eu fico besta! "Sabe aquele celtinha amarelo, com areofólio, saia e roda?" - Às vezes falam isso como se os carros mais humildes não tivessem roda, coitados! "Esse carro que estava aqui era de fulano?... Era um vectra?... Sedam, chevrolet, azul metálico?... Não, não era, isso é um toyota." - Eu tenho que olhar pra bunda pra saber que carro é. Marcas de camiseta eu também não sei dizer e não me sinto melhor com uma estampa escrito "dízel" ou coisa parecida, pelo contrário com o mesmo pano vc acha coisa bem mais barata! Tem gente que vai me achar um idiota por isso, mas eles nem vão ler.
Fui comprar uma camiseta, achei bastante bonita e era bastante cara. Pena que tinha um tubarão desenhado e eu sabia que significava alguma coisa. Fiquei calado, realmente sou exigente com cores e modelos. E gostei mesmo daquela. Mas a mulher quis argumentar em favor da camiseta, e discorreu uma dissertação sobre os benefícios da marca: nada sobre ser um tecido leve bom para o clima do nosso país, ser resistente ou ter um bom corte, mas a dissertação era sobre o fato de que era uma marca muito boa, que se via bastante no programa do Faustão. Ai que vontade de chorar! De quebra levei um chaverinho com o tubarãozinho.
Eu me pergunto o porquê de tudo isso! O porquê do conceito de McDonalds, Girafas e Bob's. Facilmente intepreto pelo ponto de vista sociológico: os ricos têm que procurar uma maneira de se diferenciarem dos pobres então empregam altos valores às mesmas coisas, mudando o nome e, com isso, angariando status. E é só por isso que a moda existe! Besteira, em vários casos a relação preço/qualidade não é proporcional!
Eu poderia falar também das pessoas que se vestem de enechiszero, kely key ou mesmo de tati-quebra-barraco, mas estamos cansados de ouvir isso. O que me incomoda é que não podemos mais ter franja, usar acessórios de metal ou ropas pretas que sobre nós cai o rótulo de emo. Outra coisa também é a música, parece que tudo virou pop, todas as letras têm que falar a mesma coisa e o complemento "universitário" é acrescentado após o estilo musical para designar uma tendência das massas melosas. Ex.: Forró/Xote Universitário, Sertanejo Universitário.
Tanto materialismo, tantas besteiras. Mas que fique claro que não falei sobre qualidade, não sou um insensível! Mas o que há de superficialidades nisso não é brincadeira, concorda? Pra terminar eu digo só uma coisa: é tudo culpa do capitalismo selvagem hahauahuahuahauhauhau!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

30 segundos

Não sei por que, mas estou sempre pensando no que vou fazer nos próximos 30 segundos. "Pensa Mateus, pensa!" é a frase que repito mentalmente sempre que os próximos 30 segundos são urgentes. É como num jogo de xadrez, mentalisar todas as várias possíveis jogadas para não cometer um erro que comprometa o objetivo maior, o xeque-mate... Tenho que ir ao banheiro, no caminho vou pensando. Chegar, digitar, exatamente assim. Na hora, melhor não. Vou pesquisar sobre um assunto, em seguida mandar um recado, depois tenho que ver se está tudo ok com o álbum, mas este vídeo me pareceu interessante, que tal abrir estes outros? Quanta janela aberta! Eu deveria ler o livro, mas não estou a fim, então vou ficar aqui, mas ler isso me parece legal, pensei que não quisesse ler nada agora. Tenho que terminar de ler todos os meus e-mails pra me sentir livre pra escrever no blog, mas antes de escrever vou ler outros blogs, quem sabe eu me inspiro. Será que tomo banho agora? Tenho que comer. Comer ou tomar banho? Qual primeiro? Tomar banho primeiro, de barriga cheia não é bom. Mas posso comer, isso vai soltar meu intestino e já resolvo tudo. Pronto. Primeiro lavar a cabeça, agora todo o corpo, secar de cima pra baixo, porque não adianta nada secar as pernas se o cabelo fica escorrendo. Acho que primeiro eu passo o creme, depois o desodorante, cueca, perfume, calça. Do que estou me esquecendo? Melhor vestir a camiseta agora antes que comece a suar que nem tirador de espírito. Isso, já posso me pentear. Não vou de chinelo, na última vez disse a mim mesmo que não iria mais porque é desconfortável. Lenso, celular, chave, carteira, tudo ok! O que farei quando chegar? No caminho eu penso, ainda tenho muito tempo até lá. Por onde vou passar... Já cheguei, droga, mas já que estou aqui... vai na tóra mesmo!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O fato de no momento eu não ter nada a fazer me trouxe aqui.
Ontem assisti um filme ótimo que recomendo a todos: "Sobre meninos e lobos".
Nestes meses vagabundando usei alguns passatempos no computador, joguei FIFA 08, depois joguei The Simpsons Hit and Run, hoje estou jogando apenas o ShaagChess. O FIFA 09 não roda lá em casa [não estou em casa no momento] então tive que ficar com o 2008 mesmo, mas como não gosto de coisa bagunçada eu procurei os jogadores do Flamengo e atualisei o time, sem isso eu não conseguiria jogar. Depois de jogar Simpsons com o Bart e chegar na fase da Lisa eu formatei o computador e fiquei só com o xadrez agora. Esse negócio de ter apenas um jogo por vez é bom, vicia mais, antigamente quando tinha vários jogos no pc eu me deparava com momentos de indecisão em que não sabia qual jogar e acabava sem vontade pra jogar nenhum. Agora com só um jogo ou você joga aquele ou você não joga. É bom jogar uma partidinha de xadrez (ou duas caso eu perca a primeira) ao ligar o coputador antes de fazer qualquer coisa.
Vi outros filmes legais que talvez estivesse com vontade de ler, vi também alguns vídeos no youtube e li, li bastantes e-mails, consegui limpar minha caixa de entrada e a pasta de mensagens salvas, conferindo tudo e deixando apenas o que achei bom guardar, alguns e-mails eu apenas passei a diante e os mais antigos de fotos eu passei novamente os olhos feliz relembrando velhos momentos. Foram 28 páginas de e-mails uffa!




Essa foto é de uma reuniãozinha que resolvi fazer com a iniciativa de comprar alguns salgadinhos e bebidas de última hora, tudo muito simples, mas foi muito legal! Porque é assim que as coisas são, tomara que hajam sempre reuniões como estas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Retomando

Eu já tinha começado a escrever. Mas acidentalmente cliquei em lugar errado. Tinha falado que tava ouvindo as minhas gravações de guitarra em que fiquei longo tempo gravando dado o número de gravações e que agora pude então perceber os vários erros sutis. Com palavras completamente diferentes estou ouvindo agora Mallu Magalhães pra depois ouvir o namorado dela e antes disso eu ouvi gravações de bateria, violão, pandeiros e voz.

Acabei encontrando os escritos anteriores: Primeiramente resolvi chegar pelo Google e demorei quase três segundos pra lembrar o nome deste local em que vomito minhas idéias. Cliquei em "Pesquisa Google" e logo voltei por causa do erro cometido, pois o que eu queria mesmo era verificar se o "Estou com sorte" iria me trazer aqui. Fico feliz em saber que ainda é uma sorte achar meu blog. No momento estou ouvindo as minhas gravações de guitarra, foi uma labuta, várias e várias gravações e na hora nem dava tanto pra perceber as minúcias de erros.

Não faz muito sentido mas é como eu escrevo e eu já disse que às vezes nem eu mesmo m'entendo. Tem gente que tenta entender, tem gente que definitivamente não entende e tem gente que simplesmente me conhece huahauhauhauha! To com vontade de postar alguma gravação minha (acabei de ter essa vontade, então vou ver se fico os próximos minutos nisso. Queria também inventar uma anedota... Pensei ontem que alguém devia desenhar pra mim pq eu faria boas histórias em quadrinhos, como na infância fiz a pequena saga do supercão, ele infrentou rabugento, cão vadio, gang e depois se transformou em Powercão, cada história tinha 12 quadrinhos em que pelo menos um era "SOC TUM PAF CATAPIMBA", ah, como eu gostava do catapimba!
No final disso tudo pensei comigo: assim que estiver com uma câmera na mão (se isso acontecer) vou gravar minhas duas ou três composições pra postar aqui.
Me atualisei nos blogs das amigas antes de vir escrever, com certeza foi legal. Acho que agora vou baixar música ou tentar inventar alguma coisa, este post fica devendo enredo, mas é o primeiro do ano depois de um jejum de meses!
Bejos