domingo, 23 de agosto de 2009

Fala

Quem me conhece sabe que não sou muito de falar.
Algumas pessoas sentem-se bastante incomodadas com o silêncio.
E tem gente que ouve música o tempo todo por causa disso.
Musica é bom, mas o fato é que essa coisa de não saber lidar com o siêncio é o problema, porque quando estamos em silêncio olhamos pra dentro de nós mesmos e tem gente que não consegue fazer isso.
Antes de crismar minha turma foi para uma chácara com o intuito de ficar em silêncio, eu achei bastante interessante e procurei me isolar, ficar somente com a natureza e meus pensamentos. Mas de fato alguns (ou muitos) não conseguiram ficar calados, faziam mímica ou conversavam às escondidas.
Tem gente que por não conseguir ficar com o silêncio vem com aquelas piadinhas clássicas ou aquelas frases mais clássicas ainda pra iniciação de conversa do tipo "E aí, como é que vai a faculdade (ou o namoro, ou a vida em Goiânia)" queria nem tocar naqueles amigos de família antigos que vem com o papinho do tipo "Como você cresceu!" E tem uma que eu sempre uso: "E aí, como é que vai a família?".
Eu não prefiro o silêncio à conversa, mas prefiro que ninguém precise forçar a barra. Claro que muitas vezes também eu fico esforçando minha massa cinzenta pra produzir algum assunto realmente interessante. E frito muito, porque geralmente acho muito de irrelevante e acabo não conseguindo conversar, mas isso tudo é porque eu aprendi que as pessoas não querem te ouvir elas só querem falar ou simplesmente não estão interessadas. Por isso eu não falo quase nada, fico escolhendo as palavras demasiadamente e não gosto de dar dicas, indicar um caminho mais curto, coisas que talvez poderiam melhorar a vida daquela pessoa, aprendi a dizer quando solicitado, porque também as pessoas não gostam de ter alguém dizendo: "Você poderia tentar fazer desta maneira" mesmo que aquela maneira seja infinitamente melhor às vezes a pessoa se sente ofendida: "Quem é você pra me dizer como fazer?", mas há pessoas mais humildes que estão sempre dispostas a ouvir as coisas mais elementares. E com estas pessoas eu consigo falar um monte de coisas até parecer que eu sei muito, mas do muito que li, é pouco que sei.
E tem esse negócio de eu escrever esse monte de coisas, a consequência é que pouca gente tem coragem de ler, eu mesmo não teria muita, nestes tempos de pressa. E é por causa destes tempos que há muito não postava aqui, mas vou finalizando...
Agora, ouvindo a música que eu me dispus a postar, lembrei de um assunto: ando sempre com sono, vou ver se comendo uma fruta por dia de manhã eu ganho mais energia.
É difícil encontrar música na internet, então vai um vídeo.
Gostaria também de relembrar para vocês corrigirem os meus erros de português.

4 comentários:

  1. eu li, gostei.
    e sempre gosto de ler e escutar você, de verdade :D

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  2. Eu já estou acostumada com todas essas coisas que você escreveu. Me senti culpada por alguma parte daí, mas não estou me importando com isso. Eu não vou dizer que você pode conversar o que quiser comigo, novamente (ops! acabei falando).
    beijo.

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  3. Antes eu era muito calada, hoje já acho que falo até demais (com pessoas mais próximas), também já aprendi que as pessoas não querem te ouvir, só querem falar ou simplesmente não estão interessadas. E vc tem razão, às vezes é bom a gente se fechar um pouco, mas só mais ou menos. iueheuih
    Gostei do post! Beijos!

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  4. "Eu tenho fé na força do silêncio"

    A fala tem muitos gumes, e o silêncio é uma maneira de se comunicar. Não é sinônio de aceitação (quem cala concente) muito menos de dispersão. Eu falo muito, mas também fico em silêncio, passo muito tempo em silêncio, pode crer! Vivemos numa sociedade do barulho, celulares e MP3 players com fone de ouvido (individual), TV com volume alto, barulho de carros, igrejas barulhentas... Tudo isso atordoa, serve pra atordoar. No silêncio nos deparamos com sa imensidão de nós mesmos, muita gente tem medo disso.

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