sexta-feira, 14 de novembro de 2008

23:11h doze de novembro de 2008

Com toda a certeza eu não escrevo com a mesma velocidade e entusiasmo com que digito, mas vamos lá! Estou aflorando!
É estranho. Você passa a reconhecer as pessoas que pegam o mesmo ônibus que você, que esperam no mesmo ponto. Este rapaz caminhava rapidamente e deduzi acertadamente que objetivava o mesmo destino que eu. Meu relógio me dava a segurança de uns minutos. Pela primeira vez as coisas começaram na hora, achei ótimo. O filme foi ótimo! E por isso estou com tanta vontade de escrever. "Fale com ela" de Almodóvar é, realmente, um ótimo filme. Assistam! Somente no final fui perceber que minha colega se sentava justamente à minha frente.
Algumas coisas fazem-me pensar que o mundo é menor do que a gente pensa e que o que a gente faz interfere de algum modo no cósmos. E também que o cósmos reserva algumas coisas para nós. (Estou querendo dizer que não acredito em coincidências).
Comentei hoje que a gente quase morre todos os dias. E o que faz o universo para que a gente não morra? Ou que a gente viva todos os dias. A morte de uma pessoa pode influenciar e muito a vida de outra, caso esta ame aquela; caso não ame, pode influenciar também a vida deste alguém em outra medida. Como quando a mãe do professor morreu e não tive aula. Claro que ninguém comemora a morte (vai saber), mas alguns comemoraram a folga da aula.
Um dos personagens do filme falou sobre milagres, que eles acontecem e que é preciso acreditar neles para reconhecê-los quando acontecerem. "Milagres" é uma palavra forte, então eu a substituo por "coisas boas", mas o sentido é o mesmo. Precisamos agir conscientes de nossa influência no cósmos e saber reconhecer as coisas boas que ele nos reserva.
Ninguém vai ler como eu a concectividade dos assuntos e talvez para alguns o que eu escrevo é sem sentido ou pelo menos estranho. Porém sei que quem está lendo isso está me reconhecendo.
Algo que me deixa bastante bem é quebrar a rotina durante a semana. Este momento decisivo do semestre está marcado pela minha pré-disposição a fugas ligeiras na rotina. Creio que em todo o semestre o universo respondeu positivamente à minha vontade de abolir o estresse. Claro que algumas coisas me deixam mal. Espero que todos exerçam positivamente sua influência no cósmos para termos férias produtivas. Algumas coisas não dão pra querer sozinho. Tampouco eu sonho com projetos solo. Estou aberto a críticas e sugestões às várias idéias que proponho, mas quero disponibilidade, adesão, vontade. Quero várias coisas e em conjunto. Vamos remar este barco, sintam as vibrações, a maré é boa. Vamos dizer sim para as férias, elas estão aí!

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. -Apaguei meu comentário sem querer,mas vamos lá,novamente.
    Gostei da pergunta:E o que faz o universo para que a gente não morra?
    E eu pergunto: O que faz a gente pra que a gente não morra?
    Talvez nem percebamos as pessoas ao nosso redor, aquelas que pegam o mesmo ônibus, aquelas que almoçam no mesmo restaurante, as que frequentam os mesmo lugares. saímos de casa já com a idéia de algo que faremos e pensando no que fazer quando voltar pra casa.
    Eu,por exemplo, nesses dias de muito ensaio, acabo me esquecendo de olhar as pessoas ao redor. Fico cansada e acabo me concentrando nas falas e as pessoas acabam se tornando apenas fantoches(eu não gosto dessa denominação,mas não me veio outra).Mas o que quero dizer é que acabam não sendo importantes pra nós, que já nos julgamos ocupados demais.
    Vejo quantos Ois antes dados com um aceno da mão viram um Oizinho daqueles de só balançar a cabeça.
    Ouvimos falar em acidentes todos os dias, mortes todos os dias, sequestros. E isso ocorre sem exceção da maior até a menor cidade. E o que é que a gente faz pra impedir que isso ocorra com a gente também?
    Tenho a certeza de que o Individualismo,o Preconceito ainda estão bem presentes na vida em sociedade. Chamo-os de valores ao contrário.
    Não culpemos só a nós. A culpa é do Sistema!
    E eu quero férias também!
    Abraço.

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  3. Há várias pessoas que reconhecemos em muitos lugares por já tê-las visto em ônibus. E é engraçado como as reconhecemos e nunca dizemos nada. Férias... espero que sejam boas, acredito que estarei disposta a muitas coisas pelo fato de ter esperado tanto. Poder ficar perto e longe(de várias coisas e pessoas), vai ser divertido!

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  4. Siiiiiiiiiiiiiiiim! Se for questão de apenas dizer SIM, eu diria SIM em todos os momentos... ou não? É, definitivamente NÃO. Férias são Férias, é liberdade, é aventura, mas o que seria de nós sem a rotina, sem a vida dura, sem a convivência (muitas vezes complicada) com as pessoas que participam do nosso contexto social? Não seríamos nada. Precisamos de Férias, mas precisamos ainda mais de ingredientes para que nos encontremos sempre ativos.

    Milagres. Sinceramente?
    Não acredito.
    Acredito em sensibilidade, isso sim. E pessoas sensíveis estão sujeitas a acreditar em milagres, porque enxergam além, vêem o que não pode ser visto. E o que não pode ser visto é o danado do milagre.
    Mas milagres de verdade acontecem todos os dias, a partir do momento em que você levanta da cama. É milagre se manter vivo diante dos imprevistos que acontecem todos os dias, diante das catástrofes que não escolhem pessoas nem lugares para habitar.
    POrtanto, quero viver intensamente esse milagre que é viver.


    esse seu post me fez refletir sobre MUUITa coisa, viu?

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